sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Lidando com a saudade.

Antes de eu engravidar, ouvi de muitas mulheres que tiveram filhos a pergunta: "Você vai ter coragem de ter um filho longe da sua mãe?". Sempre respondi que sim, que daria conta. Mal sabia a dimensão que a saudade tomaria..

Eu tento pensar nas mulheres que, por uma fatalidade, não tem a mãe nesse momento, mas é difícil se colocar completamente no lugar delas já que eu tenho a minha mãe! Depois que tive o Matheus, sozinha no Rio de Janeiro (sozinha que me refiro é estar longe da minha família de berço), passei a entender o recado que aquelas mães da pergunta de sempre tentaram me passar. 


Fica cada dia mais evidente a falta que mamãe faz na minha vida aqui no Rio. Mãe é aquela que pensa na sua cria em primeiro lugar. Minha mãe, por mais que ame o neto, vai sempre ser a unica pessoa no universo a pensar primeiro em mim. Quando vou pra nossa casa em Fortaleza, é no meu conforto que ela pensa primeiro. Ela pode passar a noite em claro com Matheus, mas faz isso pra me ver dormindo bem. Ela insiste em dar a comida dele porque sabe que vou poder comer logo. É minha mãe, meu aconchego, meu porto seguro. 

Apesar de tanta saudade, decidi partir para a segunda gestação. Talvez por pensar mais no Matheus (sempre!), gosto de ter irmãos, acho super importante, e queria isso pra ele. E talvez por isso também eu esteja escrevendo apenas posts melancólicos por aqui! Hehe! Mas é nessa fase que me encontro, grávida da Diana, no Rio de Janeiro, sentindo uma saudade sem tamanho da minha mamãe. 

Alguém pode se perguntar como é minha relação com a família do meu marido. Me dou super bem com minha sogra, cunhadas (tanto que Mari G. é uma delas!rs) e amigos do Diego. Mas não é a mesma coisa, não temos uma história antes de eu estar com meu marido. Não entendo as piadas internas das bobeiras de adolescencia deles, não participei do passado deles. É lá em Fortaleza que esta minha história. 

Gostaria de ter uma amiga na mesma situação que eu por perto, talvez dividindo nossas experiências eu possa me sentir menos sozinha. Espero que essa fase passe logo e eu me adapte a essa realidade sem me sentir assim. Claro que o efeito dos hormônios da gestação acaba contribuindo para tanto drama..e ainda sou pisciana! Aí já viu ne..hahaha! 

Vamo que vamo encarar a realidade e tentar lidar da melhor maneira possível com a saudade..

Beijos, Mari L. 

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