sábado, 23 de janeiro de 2016

Carta ao primeiro filho.

Meu pequeno, sim, para mim você sempre será meu pequeno, desculpa. Desculpa a mamãe por não estar sendo aquela mãe só sua. Por não estar mais conseguindo te levar nas costas e ficar pulando de cavalinho. Por ter chorado quando não conseguia te dar comida sem ter que ir ao banheiro vomitar. Ou por chorar quando me sinto sozinha pela saudade da minha mãe para cuidar de mim.

Nunca achei que você tenha a obrigação de entender. Com dois aninhos, você esta certo em querer brincar, em querer minha atenção. Mas não estou conseguindo alcançar sua expectativa. Dói te ver frustado por eu não conseguir fazer tudo que fazia antes. Não tem desculpa que faça me sentir melhor, apenas gostaria que você soubesse que meu amor por você só aumenta. Mamãe vai continuar sendo tão sua como sempre, só vou multiplicar meu coração. Sua irmã esta chegando.



Nós passamos pela fase dos enjoos, pelas minhas fraquezas emocionais e estamos encarando esse nono mês sem cavalinho ou pulos na cama. Talvez você nem lembre dessas fases depois, mas eu sinto a culpa de te fazer passar por tudo isso. Meu primogênito, meu eterno bebê. Sei que você ainda vai encarar muitas batalhas na vida, e espero estar ao seu lado em todas elas, só queria poder amenizar qualquer dor sua enquanto é possível.

Mamãe promete que toda aquela minha energia vai voltar, que vamos voltar a passear nos finais de semana. Faltam duas semanas para sua irmã chegar, então seremos três pulando na cama, indo aos aniversários e picnics e pegando o avião para Fortaleza. Prometo te recompensar, com direito a uma companheira fofa para nós dois.

Te amo muito!

Acho que cada mãe encara à sua maneira os ciúmes com a chegada do segundo filho. Talvez a rotina de cuidar sozinha do Matheus, tenha me feito enchergar esse ponto de vista que ele possa estar tendo diante das mudanças. Espero poder me recuperar logo, e que ele consiga lidar da melhor maneira possível com a chegada da irmã. Desejo muita saúde e união aos meus pequenos grandes corações. E quem disse que não existe insegurança na chegada do segundo filho? Eu digo que tudo muda, de novo.

Beijos, Mari L. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário