quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

A volta para casa.

Faltando um dia para a virada do ano, bateu aquela veeeeelha reflexão de como foi o ano que passou. Quando comecei a rever as fotos (são 2595..sim, só de 2015! Sou mãe..hehe!) parecia que tinham passado dois anos em um. Matheus, nas fotos de fevereiro, ainda era um bebezinho gordinho e sapeca! 

Não posso falar que foi um ano fácil, talvez tenha sido uma das fases em que mais amadureci como mãe e, consequentemente, como mulher. Comecei o ano em uma nova pós graduação, trabalhando e malhando. Matheus estava em período integral na creche desde os 7 meses (preferi que confiar em uma babá sozinha em casa), hoje esta com 2 anos e 5 meses. 


Então me deparei com as fotos do mês de março, Matheus com a carinha de doente durante sua primeira pneumonia. Parei tudo o que estava fazendo para cuidar dele. Não posso contar com minha mãe, que mora em Fortaleza, nem com minha sogra que trabalha bastante. Passado o primeiro susto, seguiram-se três estomatites, mais uma pneumonia e uma infecção urinária em 4 meses! Ou seja, fiquei de março a junho vendo meu pequeno adoecer e se entupindo de antibiótico. 

A decisão de mantê-lo em casa veio em acordo com a pediatra, a imunologista e meu marido. Mas para isso, eu parei de trabalhar. A minha vida externa de trabalho e academia foi transformada em estar em casa na rotina com o bebê, de novo (o retorno da licença maternidade, que já havia sido bem emocionante com a dieta devido APLV- alergia a proteína do leite de vaca). E assim, meus dilemas e sentimentos de culpa começaram. 

Sei que muitas mulheres são obrigadas a tomar essa decisão por diversos motivos, sei também das que até preferem estar nessa situação, mas comigo foi diferente. Eu me senti completamente culpada em não estar mais produzindo financeiramente para a família, senti insegurança por não estar mais no mercado de trabalho e alimentei um preconceito que eu achava que todos da família teriam ao saber dessa decisão. 

Hoje, após 6 meses, estou mais conformada e confiante de que fiz a escolha certa. Minha mãe e minha sogra não pararam de trabalhar para cuidar dos filhos, mas puderam contar com suas mães e babás. O exemplo que tenho nesse sentido é minha madrinha, que voltou ao mercado de trabalho quando achou que dava e esta sendo meu foco familiar para que eu me sinta menos culpada. Afinal de contas, encarei sozinha a retirada da cacá (chupeta), a rotina saudável de sono e alimentação, passeios e, nesse exato momento, o desfralde. É para se orgulhar e se sentir super útil, não é?

Ainda pretendo retornar ao trabalho, mas hoje vejo com outros olhos as mães que optam por cuidar em tempo integral dos filhos. Tanto que decidi encomendar uma irmã pro Matheus! hahaha! Acho que independente de trabalhar ou não, a mulher sempre vai ser cobrada e terá que lidar com o sentimento de culpa. Juntas vamos nos incentivando, haja terapia em grupo!rs 

Beijos, Mari L. 





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